quarta-feira, 14 de novembro de 2007

AVALIAÇÃO FINAL-ANÁLISE DE PROPOSTA DE ATIVIDADE DE LEITURA E ESCRITA

DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE JALES
CURSO DE ATUALIZAÇÃO
DESENVOLVENDO AS CAPACIDADES DE LEITURA E ESCRITA NAS
DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
Supervisora : Maria Aparecida S. C. Neves
ATP: Tamar Naline Shumiski
Avaliação final- Análise de propostas de atividades de leitura e escrita .
Aluna - professora: Maria de Lourdes Assunção Dyna

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

Após trabalhar com uma unidade de livro didático que trazia letras de canções para análise, um professor deu a instrução que segue para a produção de textos.

Hora do texto

Pais E Filhos
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá

Estátuas e cofres
E paredes pintadas
Ninguém sabe
O que aconteceu...
.Ela se jogou da janela
Do quinto andar
Nada é fácil de entender...
Dorme agoraUuuhum!
É só o vento
Lá fora...
Quero colo!
Vou fugir de casa
Posso dormir aqui
Com vocês
Estou com medo
Tive um pesadelo
Só vou voltar
Depois das três...
eu filho vai ter ]
Nome de santo
Quero o nome
Mais bonito...

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã ]
Por que se você pararrá pensar
Na verdade não há..

.Me diz, por que que o céu é azul
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim...
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua
Não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar...
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
Huhuhuhu!...Oh! Oh!...

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há..

.Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais
Não lhe entendem
Mas você não entende seus pais..

.Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo
São crianças cmo você
O que você vai ser
Quando você cresccer

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

Produção de textos

Escreva um texto dissertativo sobre música. Seu texto deve ter a extensão mínima de uma página.

Antes de entregá-lo, releia-o procurando ver:

· se suas idéias estão claras;
· se ele apresenta coesão;
· se ele está de acordo com a norma culta no que diz respeito à ortografia e à gramática;
· se ele está legível.

O texto abaixo foi escrito por um aluno do Ensino Médio

O PODER DA MÚSICA

Existe música para todos os gostos e todas as ocasiões. A década de 60, no Brasil, foi
uma época de muitas repressões e restrições, as canções dessa década mostram perfeitamente
isso. As canções podem falar de amor, de política ou simplesmente retratar a realidade.
Há pessoas que gostam de escutar canções calmas, outras que preferem as mais agitadas.
Algumas pessoas gostam de música só com os instrumentos e outras com um cantor.
A história nos mostra o poder curativo das canções, não que ela seja um remédio
milagroso, mas para algumas doenças, ela pode levar à cura. Existem estudos que comprovam e
demonstram essa propriedade da música.
As canções podem ter um caráter ilustrativo, ou seja, demonstrar uma situação ou fato
ocorrido. No Brasil, podem-se citar as músicas feitas na década de 60, elas mostram
perfeitamente a repressão da época da ditadura militar no Brasil, muitos compositores foram
expulsos do país, por causa das letras das músicas.
Os compositores podem escrever as letras das músicas que lhes convier, alguns escrevem
falando sobre o amor, outros relatam o que está acontecendo com o Brasil, como a música
“Comida”, de Arnaldo Antunes e Marcelo Fromer, que falam claramente do desejo da
população brasileira.
A música pode ser um excelente remédio ou poderosa arma, felizmente o homem a está
usando por um bem, individual ou coletivo. Não importa o tipo ou a hora em que se ouve música, Existe música para todos os gostos e todas as ocasiões. A década de 60, no Brasil, foi
uma época de muitas repressões e restrições, as canções dessa década mostram perfeitamente
isso. As canções podem falar de amor, de política ou simplesmente retratar a realidade.
Há pessoas que gostam de escutar canções calmas, outras que preferem as mais agitadas.
Algumas pessoas gostam de música só com os instrumentos e outras com um cantor.
A história nos mostra o poder curativo das canções, não que ela seja um remédio
milagroso, mas para algumas doenças, ela pode levar à cura. Existem estudos que comprovam e
demonstram essa propriedade da música.
As canções podem ter um caráter ilustrativo, ou seja, demonstrar uma situação ou fato
ocorrido. No Brasil, podem-se citar as músicas feitas na década de 60, elas mostram
perfeitamente a repressão da época da ditadura militar no Brasil, muitos compositores foram
expulsos do país, por causa das letras das músicas.
Os compositores podem escrever as letras das músicas que lhes convier, alguns escrevem
falando sobre o amor, outros relatam o que está acontecendo com o Brasil, como a música
“Comida”, de Arnaldo Antunes e Marcelo Fromer, que falam claramente do desejo da
população brasileira.
A música pode ser um excelente remédio ou poderosa arma, felizmente o homem a está
usando por um bem, individual ou coletivo. Não importa o tipo ou a hora em que se ouve música,
o importante é a tranqüilidade que ela nos passa. As pessoas encontram música em tudo, do
assobio de um pássaro a um barulho de um motor em pleno funcionamento.
Realmente a música tem poder curativo para alma.

As propriedades dos textos trabalhados e os objetivos de ensino.
O conjunto das capacidades será desenvolvido apenas com a diversificação das atividades realizadas.
Importante também é diversificar o modo de conduzir as atividades – trabalho individual,
em duplas, coletivo, escrito ou oral, anterior, concomitante ou posterior à leitura etc.
Com essa perspectiva, selecionem as capacidades a desenvolver e proponham alguns
procedimentos/atividades para esse desenvolvimento. Para tanto, podem utilizar como
referencial os procedimentos e propostas de atividades apresentados que segue.

Capacidades de compreensão

COMO DESENVOLVER

Ativação de conhecimentos prévios .

Antes da leitura do texto propriamente dito, retomar conteúdos relacionados; fazer perguntas sobre o assunto, visando garantir a socialização desses conhecimentos; quando alguma dessas perguntas ficar sem resposta, e ela for importante para a possibilidade de compreensão do texto, o professor deve antecipar esse conteúdo; etc.

Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos (levantamento de hipóteses) Antecipação ou predição de conteúdos: a partir da leitura do título, ou das informações sobre o autor do texto (papel social), incitar os alunos a antecipar conteúdos do texto a ser lido. Em alguns casos, essas perguntas podem se dar ao longo da leitura, em relação ao que está por vir, levando em conta o que já foi lido.
Antecipação ou predição de propriedades dos textos: a partir do reconhecimento prévio ou de uma informação explícita do professor de que se trata de um exemplar de um gênero X ou Y (artigo de opinião, crônica), incitar o aluno a antecipar elementos e conteúdos do texto a ser lido.

Checagem de hipóteses .

Durante a leitura do texto, o professor deve ir retomando as hipóteses (antecipações) levantadas para verificar se elas foram ou não confirmadas. Se necessário e adequado, pode-se durante esse processo levantar outras hipóteses.

Localização e/ou cópia de informações

Em função dos objetivos da leitura, algumas atividades devem favorecer a localização de informações cruciais do texto por meio de perguntas que dirigem o olhar do aluno para tais aspectos (conceitos ou relações que devem ser garantidos etc). Procedimentos tais como sublinhar, copiar e iluminar informações relevantes devem ser estimulados para auxiliar o aluno a buscar pelas passagens essenciais e abandonar informações periféricas.

Comparação de informações .

Durante a leitura do texto, algumas perguntas ou discussões coletivas podem estimular o aluno a
comparar/contrastar informações presentes no próprio texto de modo a auxiliá-lo, por exemplo, na identificação da tese, de argumentos, do conflito central, na realização de resumos etc. Por outro lado, atividades que o estimulem a comparar informações do texto com outras presentes em diferentes textos (orais ou escritos) favorecem a percepção de relações de intertextualidadeou até mesmo de interdiscursividade, ampliando a compreensão e estimulando a leitura crítica.

Generalização

Essencial para a realização de síntese da leitura (e estreitamente relacionada às duascapacidades anteriores), esta capacidade pode ser estimulada por meio de perguntas ou discussões que levem o aluno a reconhecer características comuns ou regulares a dados ou acontecimentos singulares e a extrair uma regra ou princípio geral pela observação de exemplos particulares, trechos enumerativos, descritivos ou explicativos etc. Mais do que saber dizer sobre o tema tratado, é importante que o aluno possa dizer o que o autor pretendeu com aquele texto – explicar o funcionamento do sistema nervoso, defender sua posição em frente à questão da redução da maioridade penal etc. Num segundo nível, pode-se também focar o essencial dessas explicações ou argumentações – qual a posição/tese que o autor defende e os principais argumentos que sustentam sua posição.

Produção de inferências locais

É possível levar o aluno a, considerando o contexto imediato do texto, deduzir o sentido de uma palavra desconhecida, identificar o referente de pronomes, relacionar expressões sinônimas ou equivalentes, compreender termos que retomam ou antecipam informações etc.

Produção de inferências globais

Perguntas ou discussões podem favorecer que o aluno perceba o que não está dito explicitamente no texto, mas está pressuposto ou insinuado e deve ser inferido para que a compreensão se efetive. Chamar a atenção para pistas que o autor deixa no texto, tais como escolhas lexicais específicas, construções enfáticas, uso de operadores argumentativos, presença de linguagem figurada, ironia etc., são maneiras de favorecer inferências globais. Também colabora para isso o estabelecimento de relações produtivas entre as informações presentes no texto e a recuperação do contexto de produção do texto. Em qualquer um dos casos, fazer a distinção entre as inferências autorizadas pelo texto (marcadas pelas pistas ou determinadas pelo contexto de produção) e aquelas que não são autorizadas (fruto de uma interpretação
excessivamente “livre” e pessoal) é fundamental.

Capacidades de apreciação e réplica do leitor em relação ao
texto (interpretação, interação)

COMO DESENVOLVER

Recuperação do contexto de produção do texto
Focalizar – por meio de levantamento, estudo, pesquisa, perguntas, discussões etc. – qualquer um dos elementos que compõem o contexto de produção do texto (autor, lugar social que ocupa, esfera social em que o texto circula, veículo em que é divulgado, momento histórico em que foi produzido, intenções comunicativas do autor, leitores presumidos, interlocutores contemporâneos etc.) é um procedimento essencial que favorece outras capacidades de leituraaqui elencadas, tais como a ativação de conhecimentos prévios, a predição de conteúdos, a realização de inferências globais, a elaboração de apreciações estéticas ou afetivas e as relativas a valores éticos ou políticos etc.

Definição de finalidades e metas da atividade de leitura .

A situação de leitura define suas finalidades e metas. Logo, principalmente na situação escolar que tende a ser “artificial”, na medida em que nem sempre é o leitor que define o que, por que e para que vai ler, é essencial explicitar ou criar a situação de leitura por meio de recursos que podem ser autênticos (ler para buscar uma informação específica ou estudar, por exemplo) ou simulados (imagine que você vai ler esse texto para participar de um debate sobre o assunto, por exemplo).

Percepção de relações de intertextualidade

Quanto maior é o número de relações que o leitor estabelece entre o que está lendo e o que já leu, ouviu, conversou, assistiu etc. sobre o mesmo tema, mais efetivo é o diálogo que ele trava com o texto.
Assim, por meio de comentários, perguntas, retomadas, solicitação de pesquisas etc., é muito útil “refrescar sua memória” lembrando-o de conteúdos presentes em outros textos relacionados ao que está lendo, imaginando outros textos possíveis. Segundo Bakhtin, todo texto é de alguma forma resposta a textos anteriores e está prenhe de respostas ulteriores.

Percepção de relações de interdiscursividade .

O mesmo princípio anterior vale para esta capacidade no que diz respeito, agora, não a conteúdos do texto, mas a outros discursos aos quais o texto em questão remete. Assim, por exemplo, muitas vezes só é possível compreender uma referência, uma nota bibliográfica, uma ironia ou mesmo realizar uma inferência quando se leva em conta os discursos com os quais o texto dialoga, o que sempre inclui para além dos textos os contextos de produção desses textos. Atividades que levem o aluno a identificar ou explicitar tais diálogos favorecem esta capacidade.

Percepção de outras linguagens

Principalmente quando se preserva o portador original do texto a ser lido (por exemplo, uma
notícia de jornal no próprio jornal), perguntas e discussões que focalizam o paratexto verbal e não-verbal que geralmente acompanha o texto (imagens, gráficos, tipos de letras, manchetes, boxes etc.) contribuem para a compreensão do texto como um todo.

Elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas .

Ler o texto, encarando-o como uma construção deliberada do autor e ser capaz de apreciar seus efeitos de sentido, identificando os recursos da língua que o autor mobiliza para produzi-los, é uma capacidade bastante sofisticada e que leva o leitor a, de fato, fruir o texto. Assim, exercícios que levem o aluno a identificar uma organização textual bem feita, uma escolha lexical particularmente interessante, uma construção sintática feliz, um certo modo de encadear os argumentos, o uso de uma metáfora elucidativa,
uma paragrafação rigorosa, a precisão no uso da língua etc., são maneiras de não só ampliar a capacidade de compreensão do texto em questão, mas também de formar o leitor (e o escritor) em geral que, a partir disso, terá mais condições para emitir opiniões de cunho mais efetivo sobre o texto.

Elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos

Para ser capaz de realizar a réplica crítica ao texto, avaliando em que medida há concordância ou discordância com o autor, a coerência interna do texto, as conseqüências e desdobramentos das
posições ali assumidas, os valores que expressa, as atitudes a que induz etc., é necessário estimular o aluno por meio de perguntas, discussões, comparações a outros textos e discursos, debates etc. que extrapolem o texto em questão. Mas não bastam perguntas do tipo “Qual é a sua opinião sobre o assunto?” ou “Você concorda com x?”, o que pode simplesmente suscitar superficialidades do que ele já pensa a respeito. É preciso oferecer elementos para que o aluno possa pensar coisas novas, aprofundar suas análises etc.

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